terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Momento de oração


Oração! 
Momento de compenetração, desejo de reunir os
pensamentos e focar em um só objetivo, estar 
com Deus.
Chegado o momento da oração, os meus 
pensamentos rebelam-se e, aproveitando-se de 
um só segundo de descuido meu, pensam em 
coisas que jamais deveriam pensar durante as
orações. 
Preciso falar, quero conversar com Deus mas,
alguns pensamentos rebeldes, ignorando a 
importância do momento voam, vão a lugares
onde nunca vou e traz a baila pensamentos os 
quais interferem em a minha oração.

É hora da oração!
Agarro os meus pensamentos e os obrigo a 
ficarem quietos ao meu lado, ainda que não
entendem a importância das orações.
Começo a orar e então, aproveitando esse meu
momento de concentração, os meus 
pensamentos voam, voam e vão a lugares 
onde acreditam eu não poder alcança-los.
Excessivamente rebeldes os meus pensamentos
sempre se dispersam quando estou em oração.

Os meus pensamentos são como crianças 
malcriadas, não aceitam as obrigações. 
Hora de ir à Igreja!
Nesses momentos os meus pensamentos me 
suplicam para eu não ir mas vou, vou e os 
arrasto, os obrigo a irem comigo.
Durante a oração é uma luta manter os meus 
Pensamentos concentrados à missa.
Um descuido meu, e eles se dispersam e,
dispersos, observam toda gente ao nosso 
redor fazendo os piores comentários. 
Comentários estes totalmente impróprio para 
quem está buscando Deus. 
 
                     Habacuc - Brasília, janeiro de 2012. 

                             *


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Sol do meio dia


Com as mãos nos bolsos, sob o sol inclemente, desço a rua
arrastando, insolentemente, os meus chinelos.
O sol mente!
O sol mente dizendo que não me queimar, enquanto me 
queima.
Apesar de tudo creio que o sol não furtará os pensamentos
que, descuidados, rolam em minha mente implorando para
serem pensados, e eu os penso. 
Penso, penso sobre; quando terá sido a última vez que 
passei por esta mesma rua que agora, displicente, caminho.

O sol é escaldante, o vento com preguiça de soprar, sopra
preguiçosamente enquanto o calor abrasador desove os 
pensamentos que vagam em minha mente. 
Desço a rua calmamente enquanto procuro em meus 
bolsos o que não encontro em minha cabeça. 
Por que insisto em viver a vida quando vida não se 
importa comigo? 
Desço a rua com as mãos no bolso e sigo assim sem a
intenção de chegar a lugar algum.

Com a mente obstruída pelo calor do sol desço a rua com 
passos displicentes, louco para chegar onde o dia nasceu.
De repente paro!
Paro diante de um pensamento que há muito perdi e que
agora, senhor já idoso, retorna para me questionar. 
O sol é escaldante e os meus pés, descalços, caminham
sobre o cascalho quente que o vento com preguiça se 
recusa a soprar.
Enquanto desço a rua com a mente repleta de pensamentos
que odeiam serem  pensados, o sol chicoteia a minha pele
querendo me obrigar a voltar para casa. 

                     Lido da Silva - Brasília, janeiro de 2012.


                                    *


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Vaguei - I wandered


Vaguei!
Perdido em mil pensamentos vaguei.
Vagando escutei tantos lamentos que por fim os
lamentei.
Falei!
Andei por caminhos ermos, perdido me 
Acostumei a não saber a quem amei.
Amei!
Amei, recebi flores, dei carinho e, os carinhos 
que não tive a quem dar, dormiram em meus 
braços vazios, para que eu não dormisse 
sozinho.

Vaguei!
Em devaneios vaguei até me encontrar em 
prantos.
Caminhando sem rumo, encontrei um mundo
onde os lamentos eram mudos e as tristezas
algo que passavam, sentimentos que se 
escondiam nos Corações.
Chorei! 
Acho que chorei enquanto não me escutava e,
quando me escutei, guardei os meus prantos
em mim.

Vaguei.
Vaguei, perdido em devaneios vaguei.
Vaguei por ruelas que pareciam com a minha
vida, a vida que eu vivi até ser tomado pela
solidão. 
Em  aflição falei coisas que não gostava de 
ouvir, mas falei.
Falei com a intenção de magoar alguém que,
talvez, nunca tenha tido intenção de me fzer
chorar.

                  Mauro Lucio - Brasília, janeiro de 2012.
                
                                *


I wandered


I wandered lost in a thousand thoughts
I heard so many laments that finally I did
Lament too. I have spoken! I walked along paths
And lost, I got used do not know whom I loved.
I loved, I received flowers, I gave love and the
Love that I had no one to give I did sleep with it
In my arms in the way I did not sleep alone.

I wandered! In dreams I wandered up till to find
Myself in tears. Walking without knowing where
To go, I found a world where the laments were
Dumb and the sadness something what went and
Hid in hearts. I cried! I think I cried while you
Did not listen to me and I kept my tears inside
Myself.

I wandered, lost in reverie I wandered.
I wandered in a street that looked like my life,
The life I lived till now. Distressed I said  things
That did upset me, things that I did not liked to
Hear but I spoke it with the intent of to hurt
Someone, someone who maybe loves me.


                 *

Moça de pele escura


Moça de pele escura, cuja a cor guarda o
calor do sol e a calma da lua.
Moça!
Moça de pele escura!
O teu caminhar, caminhando para mim,
é como o caminhar das deusas é como o
voar de uma estrela se entregando ao
universo sem fim. 
Deusa! 
Minha deusa de ébano, com um sorriso 
de marfim, discreta no jeito de amar e
misteriosas no jeito de se entregar. 

Moça de pele escura!
És a noite que, todas as noites, vêm 
comigo se deitar.
O teu sorriso moça, brilha como o
prateado da lua em uma noite de luar,
O teu perfume é como o perfume da
primavera que veio para nunca mais 
me deixar.  

Moça de cor escura!
Me cura desta paixão desmedida, sara
as minhas feridas, deixa eu contigo 
ficar. 
Moça, és mais linda que a noite mais 
linda que Deus conseguiu criar. 
A tua meiguice toca o meu coração e
o induz a devaneios e, de devaneio em 
devaneio, me deito em teus braços e
neles me deixo ficar.

Moça de pele escura! 
Cura a minha paixão dizendo me amar.
Tira-me da minha dura realidade e me 
leva para o teu mundo, o mundo da 
minha ilusão, lugar, este, onde 
acredito ser possível tu me entregar o 
teu coração.
Moça de pele escura!
Me iluda!
Diga que vais comigo ficar.

          Mauro Lucio - Brasília, janeiro de 2012

                      *







Não chora Não! - Don´t Cry!



Uma gota d’água cai sobre a flor,
E a flor se curva, curva-se até o chão.
A flor se curva e beija o chão e a
Poeira sobe, cai em seus olhos e a
Flor chora e eu lhe digo: - Não chora
Não!

O vento sopra agressivo sobre a flor,
No céu um trovão urra e, assustada,
Por entre os relâmpagos, outra gota
D’água cai. Outra gota cai sobre a
Flor e a verga, verga-a e a obriga
Deitar-se no chão.

Finda a tempestade o sol, revoltado,
Queima, ele torra tudo sob o céu e
A flor murcha, aflita a flor murchar
E grita o desespero de ter sobrevivido
A tantas tempestades e ver-se morrer
Queimada pelo sol.

                            *


Don´t  cry! 


A drop of water falls on the flower and the
Flower bows, it bows to the ground. Forced
The flower bends down till kisses the ground
And the dust rises, the dust rise and falls into
Her eyes and she cry, she cries and I tell her:
- Please don’t cry, no!

The wind, aggressively, blows the flower and,
In the sky a thunder roars, frightened, and amid
The lightning, another drop of water falls.
Another drop of water falls over the flower and
Wicker her, forced the flower lye on the ground.

When the storm is over, the sun, angry, burn, it
Roast everything under the sky. The flower
Withers, afflicted the flower wither and cries the
Despair of to have survived so many storms
And see herself dies burnt by the sun.


                             *

Ouça-me senhor!


Mais um dia nasce e me encontra caminhando em 
meio a espinhos.
Caminho sozinho!
Abandonei o Vosso caminho meu amado Deus e,
perdido em tormentos, não vejo o sol surgir no 
amanhecer e nem o vejo se despedir no anoitecer.
As minhas noites são escuras, sem luar, a brisa 
que passeia na madrugada, já não me vestes com
o seu perfume e a noite, outrora exuberante de 
alegria, não dança mais para mim.
Tome a minha mão meu bondoso Deus! 
Acolha-me em vosso caminho, reencontre-me, 
diga que ainda me ama.

Meu amado Deus! 
Nos caminhos por onde ando há somente pedras, 
pedras que dilaceram o meu espírito e este sangra.
O meu espírito sangra e vacila sob o peso dos 
meus pecados, pecados que empurram-me para o 
vazio da solidão. 
Senhor!
Seja misericordioso para comigo!
Tenha compaixão do meu espírito rebelde, que 
insiste em caminhar por caminhos que contrariam
o Senhor! 

Meu Deus! 
Bato à Vossa porta para pedir que acenda a Vossa
luz no meu dia a dia!
Peço para que não me deixes caminhar sozinho 
em meio aos tormentos que atormentam o meu 
ser! 
Senhor!
No escuro da minha ignorância o sol queima como  
fogo e desconhece a clemência do Vosso Amor. 
Salve-me meu amado Deus!
Seja para mim o que sempre propuseste ser. 
Socorra-me antes que a luz da vida se apague para
mim.

                        Habacuc - Brasília, janeiro de 2012


                          *


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A palavra - The word



Uma palavra, um afago, motivo de felicidade, dar a mão.
Uma palavra, uma agressão, um gesto bruto e a abrupta
Batida do coração. 
Lágrimas por causa do que foi dito, mágoa pelo que se
Deixou de dizer. 
Uma palavra, um afago, motivo de felicidade e a 
Ansiedade causada pela expectativa do que se vai dizer.

Uma palavra, um abrigo, afeto, auxilio do que foi dito, o
Bem. 
Uma palavra, a mesma palavra dita de um jeito 
Diferente e o mal entendido instalado causando aflições.
São palavras as mesmas palavras ditas em diferentes
Circunstancias.  
Sensações distintas para um mesmo ato.
Palavra! 
A mesma palavra que outrora fazia sorrir agora faz chorar.

Uma palavra, um tapa, o desabrigo, desespero e a lágrima.
A vontade desfeita, o desejo, desesperado foge e se
Esconde com medo de ser ofendido. 
Uma palavra amiga, um afago, motivo de felicidade 
Porque o que outrora fora ofensa, agora já não ofende 
Mais.
Palavra doce, algo que transborda felicidade e enfeita 
Faces com sorrisos.

                            *


The word

A word, a caress, a source of happiness, to give a hand.
A word, an aggression, a rough gesture and an abrupt
Heartbeat. Tears because of what was said, hurt by what
Was forgotten to say. A word, a cuddle, a reason for
Happiness and anxiety caused by expectation of what is
About to be said.

A word, a shelter, affection, assistance of what has been
Said, the good. A word! The same word spoken in a
Different moment causing trouble due to the
Misunderstanding. These words, the same words spoken
In different circumstances. A different sensations for the
Same act. Word, the same word that once makes smile
Now it makes to cry.

A word, a slap, homelessness, despair and tears.
An undone will, the desire, despair, flees and hides itself
In fear of being offended. Friendly word, a cuddle,
A reason for happiness cause what has been a offense
Before now its no longer shocks. Sweet word, something
Tat makes it to overflows with happiness and decorates
Faces with smiles.


                             *


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Minha infância - My childhood


Lá na minha infância, já quase esquecida no tempo,
Recordo-me das noites de lua e do céu repleto de estrelas.
Eram ruas sem luzes, eletricidade naquele povoado não
Existia, e eu vivia! Eu era feliz, éra feliz!
Na minha infância eu esperava pela noite com ansiedade,
Não tínha medos, não tinha espantos e sem receios saía à
Rua para brincar.

Na minha infância eu gostáva de sair à noite para brincar na
Rua, me escondia enquanto a lua, cúmplice das minhas
Brincadeiras, me procurava.
Enquanto me escondía da lua, observáva as estrelas cadentes
Que despencavam do céu como se brincassem comigo.
Lá na minha infância, já quase esquecida no tempo,
Eu gostáva de sair à rua  à noite para brincar.

Na minha infância, num povoado perdido na distância, a lua
Brilhava em um sorriso deslumbrante, encantada com a
Beleza das estrelas.
A lua brilhava iluminando, enchendo de luz o palco onde
Os amimais, as aves, os répteis e os insetos da floresta davam
Concerto em um espetáculo preparado só para nós,
Gente daquele lugar.

La na minha infância, num povoado já esquecido no tempo, 
Que hoje chamo de saudade, eu gostava de sair à noite para
Brincar na rua.
Em minha rua havia a menina Ana que nunca me notara,
Mas que guardei ser ela a minha bem amada.
Saudades, saudades da lua, das estrelas e da minha rua,
Muitas saudades da minha infância, quando a lua não 
Cansava-se de brincar de esconde - esconde comigo.

                                  *


My childhood


Back in my childhood, almost forgotten in time, I do remember
The beautiful moon’s nights and the sky full of stars. There were
No light on the streets, electricity in that town did not existed,
And we were very happy. We were happy! In my childhood we
Use to wait for the night with anxiety, at that time there have no
Fears, no terrors and we use to go outside to play.

In my childhood I liked to go out at night to play on the street,
I use to hid myself from the moon, the moon that was my
Accomplices in my games and playing, the moon look for me.
As I hid from her, I watched the shooting stars falling from
The sky as if it comes to play with me. Back in my childhood,
Already almost forgotten in time, I enjoyed going out at night to
Play on the street.

In my childhood, in a village lost in the distance, the moon shone
In a dazzling smile enchanted by the beauty of the stars.
The moon shone filling with light the stage where the insects and
The animals of the forest performed a concert in a show prepared
Just for us, people from that place.

It in my childhood, in a village forgotten in time, and which
I miss so much; I use to go out at night for to play on the street.
There in my street have a girl named Bárbara, who never noticed
Me but, I kept her as my special one. I miss, I miss the moon so
Much, I miss the stars and I miss my street too. I miss so many
Wonderful memories of my childhood, when the moon did not get
Tired of to play with me.


                                   *

Pensamentos - Thoughts


Os pensamentos nascem no oculto da alma, transbordam e
Mostram-se tanto na forma do bem, quanto na do mal.
O pensamento é a vontades, a ambições, o desejo e os 
Sonhos, todos ansiando a se materializar.
 No cerne dos pensamentos luzes brilham, mas lá há 
Também as sombras, os medos, as incertezas e outras 
Tantas mazelas que se não vigiadas transformam o 
Pensamento em monstro, em perversão.

O pensamento quando embrionado no mal é assustador.
A vigilância constante afasta os espíritos malignos dos
Pensamentos em gestação impedindo-os de alimentar 
Com ódio quaisquer pensamento que vem à luz. 
O estado de espírito do vivente é fator determinante do 
Caráter de um pensamento de forma que, permitir que a 
Luz brilhe sobre a alma afasta as sombras que 
Escondem as forças malignas que agem no inconsciente das
Mentes em desalinho.

Os pensamentos são delírios que nascem no inconsciente 
Da mente, são a síntese do que passeia, do que envolve o
Espírito no momento que se dão.
Pensamentos! Vontades ainda não satisfeitas, ambições
Ambicionando, anseios e desejos não satisfeitos.
Pensamentos! Sentimentos dispersos, vagos, permissividades
Que viajam do permitido ao proibido despudoradamente 
Acreditando na ilusão de poder e do o pensamento é o  
Culpado de todos os enganos, é a origem dos desengano. 
Pensamentos! Delírios, fantasias, desilusões.

                                                      Lido da Silva


                                     *


Thoughts


Thoughts born at the hidden of the mind, it overflow it shows up
Itself as much in good way as in evil way. The thought is the
Wishes, the ambitions, dreams and desire all longing to manifest.
Lights use shine at the thought’s heart but, also, there are
Shadows, fears, uncertainties and other ailments that if not
Monitored transform the thought into a monster, in perversion.

When embryonated in evil, the thought is scary, but constant
Guard wards off evil spirits prevent them to breastfeeding, with
Hatred, any unbalanced thought. The mind’s mood is the
Determinant factor of the thought’s character, so allow the light
To shine on the soul keep away the shadows which hide the
Negative forces that act in a troubled minds.

Thoughts, a delirium that born in the mind’s unconscious, it is
The synthesis of what visit, of what involve the spirit, it is an
Ideas that involves the thoughts! Thoughts! Wills not yet
Satisfied, ambitions and aspirations, dreams not accomplished,
Scattered filling, vague, permissiveness that travel from what  
Permitted to the prohibited, creating the illusion of be able to do
Things that cannot and the illusion of to have power. Thoughts!
All the mistake’s blame, the origin of disappointments.
Thoughts! Delirium, fantasies, delusions.


                                      *




terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Dorme comigo - Sleep with me.



Chove sobre o meu telhado e as telhas furadas pingam. Pingam!
As goteiras pingam e cantam uma melodia incessante, repetitiva,
Interminável que me aborrece, aborrece-me, não consigo dormir.
Rolo e rolo em minha cama enquanto a noite vai embora e a
Madrugada chega e me encontra as voltas com os pingos que
Pingam sem parar. Chove! 
Chove uma chuva que se chovesse sobre mim não me molharia 
Tanto quanto me molha, chovendo sobre o meu telhado.

Chove sobre o meu sono que desesperado pinga, pinga e em sua
Goteira canta melodias enfadonhas que pingam em meu ouvido
E não me deixam dormir. 
Chove sobre o meu telhado todas as chuvas que já conheço. 
Chove as tristezas, as decepções e as frustrações e chove, chove e
Gotejam sobre mim. 
A chuva chove e canta em  meu telhado; canta e me convida a
Ouvir o seu gotejar. a chuva chove impiedosa e pinga em meu 
Coração.

Chove sobre o meu telhado e este goteja, ele goteja todos os
Pensamentos que pensei haver esquecido, e pinga. 
Pinga sobre a minha cama as lembranças e os amores que vivi 
Num passado que pensei haver me abandonado, mas que dorme
Todas as noites comigo. 
Chove, chove em meu telhado, que furado, pinga e suas goteiras
Pingam suas mágoas em meu coração e não me deixam dormir. 
Chove, chove e pinga pingos que cantam canções que parecem os 
Lamentos que nunca esqueci.

                               *


Sleep with me.


It rain on my roof and the tiles stuck leaks. It leaks!
The dripping gutters and sing an incessant melody, repetitive,
An endless melody that bothers me and disturb my sleep.
I roll and roll in my bed as the night goes away and dawn
Comes and meet me in trouble with the no stop drops. It rains!
It rains a rain that, if it was raining over me, it would not
Watered me as much as it wet me raining on my roof.

It rains on my sleep which desperate drip, it drip and in its
Gutter sings a dull melody that drips into my ear do not
Allowing me to sleep. It rains on my roof all king of rains that
I know. It rains the sorrows, the disappointments and
Frustrations and it rains, it rains and dripping drips on me.
The rain rains and sings on my roof, it sings and invites me to
Hear its drip. The rain, relentless, rain and drips over my heart.

It rain on my roof and my roof drips, it drips all thoughts that
I thought I had forgotten and it drips. It drips on my bed all
The memories and loves that I have lived in a past that I
Thought it has abandoned me but that still sleeps with me
Every night. It rains, it rains on my roof which stuck drips
And gutter its sorrows in my heart and do not let me to sleep.
It rain, it rain and drips drops that sing songs that seem to be
The laments that I have never forgotten.


                                *

Preciso de alguém - I need someone




Preciso de um sorriso que coloque um sorriso em
Meu rosto e de uma mão que me retire do desgosto
Da solidão. Preciso de um alguém que queira
Caminhar ao meu lado, de um alguém que espante
As sombras que me assombram, que me submergem
No escuro da solidão. Preciso de alguém que acenda
A luz do amor em meu coração.

Preciso de alguém que faça o sol brilhar em meu
Caminho, alguém que não me deixe caminhar
Sozinho, alguém que me dê carinho. Preciso de uma
Parceira, uma companheira cúmplice, minha
Cúmplice em todos os momentos. Preciso, quero
Encontrar, em um desses desencontros da vida, uma
Mulher querida, disposta a me amar.

Preciso de uma mulher capaz de me ouvir, alguém
Disposto a sentir os meus sentimentos, alguém capaz
De despertar o amor em meu coração. Preciso de
Alguém que saiba lidar com a paixão, que leia as entre
Linhas do que diz o coração. Preciso, eu preciso de
Uma mulher que me faça acreditar que posso ser
Amado e que sou capaz de amar.

                                                                                Mauro Lucio


                                *


I need someone


I need a smile which put a smile on my face and a
Hand that remove me from the grief of the loneliness.
I need someone who wants to walk beside me;
Someone who put away the shadows that haunt me,
The shadows that drown me in the darkness of the
Loneliness. I need someone that can turn on the light
Of the love in my heart.

I need someone to make the sun shine in my way,
Someone who will not let me walk alone, someone to
Give me affection. I need a woman, a fellow, a
Accomplice, my accomplice at all moments.  I must,
I need to find, in the disagreements of life, a dear
Woman that have the will of to love me.

I need a woman able to hear me, someone willing to
Feel my feelings, someone who able to awaken the
Love in my heart. I need someone who knows how to
Handle the passion, someone capable to read between
The lines of what the heart says. I need, I need a
Woman who makes me believe that I can be loved
And that I am able to love too.


                      *


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Gramática da língua portuguesa


Linhas acidentadas, curvas cegas, aclive e declives acentuados
Asfalto escorregadio, assim é a gramática da língua portuguesa. 
Navegar pela gramática da língua portuguesa é como dirigir em
Uma estrada sem escura em noite de chuva, é perigo constante.
Quando me deparo com as concordâncias verbais, normalmente,
Discordo de umas e duvido das outras.
O tempo dos verbos!
Meu Deus, para que os verbos precisam de tempo, se pouco 
Tempo tenho para conhece-los?
Passado, presente e futuro, o que importa?
Os verbos deviriam se contentarem com o fado de existirem e
Pronto. 
O que importa as regras e normas que dificultam a minha vidas.

A gramática da língua portuguesa é uma armadilha, é uma trilha
Na qual caminho com muito cuidado.
A língua portuguesa, é uma pinguela onde a cada passo há um
 "Ponto", quando não é o "dois pontos" ou o "ponto e vírgula".
As pessoas encontradas na gramática portuguesa são mais
Stressadas que as pessoas com as quais convivo no meu dia a dia,
E só servem para me aborrecer.
Não menciono aqui os substantivos que mesmo sendo simples 
Não deixam de ser complicados e compostos de muitos
Problemas. 
Predicados!
Quem haveria de se preocupar com os predicados se não os 
Portugueses?
Os índios viveram séculos nesta terras sem esta figura e nunca 
Reclamaram a falta dela. 
Exceções! 
A gramática da língua portuguesa de tão complica precisa 
Recorrer as exeções que, diga-se de passagem, só servem para
Me enlouquecer. 
Quando deparo com estudando a nossa gramática me deparo com
Uma exceção entro em pânico.  

Língua portuguesa!
A língua portuguesa deveria ser só dos portugueses e com eles 
Permanecer. 
Por que eu, brasileiro, que não tenho nada a  ver com as 
Travessuras dos patrícios, tenho que conviver com tremendo
Pesadelo?
A velocidade máxima permitida nas estradas brasileira é de oitenta
Quilómetros por hora, mas sou mais prudente quando navego na  
Gramática da língua portuguesa, aí guio a oito por hora. 
Todo o cuidado é pouco quando se trata da gramática da língua 
Portuguesa, não é raro ver muito condutores experientes sofrerem
Acidente nesta estrado.
Verdadeiramente a gramática da língua portuguesa é uma estrada
Cheia de armadilhas onde até os mais experientes precisam ter
Muita atenção com a sinalizações e as curvas acidentadas.

                                           *

domingo, 15 de janeiro de 2012

Monólogo - Monologue


Por que não te calas e deixa o silêncio falar por nós?
Por que insistes interromper-me quando estou conversando
Com o silêncio?
Quando quis conversar contigo não quisestes falar comigo,
Falavas, falavas e falavas sem ouvir-me e agora que
Converso com o silêncio, insistes em nos interromper.
Vai, fala!
Fala mas não nos interrompa, não me chame pois estou
Conversando com o silêncio.

Por que insistes em me tirar da solidão quando quero ficar só?
Quando quis ficar em tua companhia não me quisestes,
Não quisestes me ouvir, falavas, falavas, não me deixava falar
E  quando eu te falava não me ouvias e agora que estou na
Companhia da solidão, que gosta de ouvir-me, me chamas,
Reclamas à minha companhia.

Por que insistes em ouvir-me agora se quando quis te falar
Recusastes a me ouvir?
Não preciso que me ouças. Estou conversando comigo mesmo.
Tenho todo o tempo do mundo para me ouvir,
Sou feliz longe de ti.

Por favor não interrompa a minha conversa!
Vê se dá pra não me chamar para conversar contigo enquanto
Converso comigo mesmo.
Me chamas agora para mais tarde, quando eu tiver somente 
Tu para conversar comigo, me jogares nas profundezas do
Teu monólogo sem fim.

                                    *


Monologue


Why don’t you shut up and let the silence speak for us? Why you
Insist interrupt me when I'm talking to the silence?
When I wanted to talk to you, you did not want to talk to me, you talk,
Talk and talk without hear me, and now that I am talking to the
Silence you insist on to stop us. Go! Speak, speak but do not stop us,
Do not call me because I'm talking to the silence.

Why you insist on take me out of solitude when I want to be alone?
When I wanted to stay at your side you does not want me, you did
Not want to listen to me, you talk, talk and did not let me speak and
When I spoke to you, you did not listened me  and now that I'm in
Company of loneliness, which likes to hear me you call me, you call
For my company.

Why you insist on listening to me now, when I wanted to talk to you,
you refused to hear me? I no long need you to listen to  me, now I am
Talking to myself that/and have all the time of the world to hear me
And I'm happy being away from you.

Please do not interrupt my conversation with myself,  do not call me
To talk to you while I am talking to me. You call me now,  and later,
When I have only you to talk to me, you will throw me in the depths
Of your endless monologue.

                                     *

Ao pé da Cruz - By the Cross



Através da janela do meu coração vejo, em frente
A uma velha Igreja, uma Cruz abandonada.
Da janela do meu coração testemunhei muitas
Lágrimas serem derramadas, muitas promessas
Serem feitas ao pé da velha Cruz, mas que
Passado as dificuldades, foram jogadas no
Esquecimento.
Através da janela do meu coração assisto a
Decepção açoitar impiedosamente na velha Cruz,
Tentando convencê-la a abandonar os pedidos que
Lhe foram feitos pelos crentes em seus momentos
De desespero mas Ela se mantém fiel.

Através da janela do meu coração vi e aprendi que;
Apesar de não abandonar ninguém, a Fé é
Constantemente abandonada por todos.
Aprendi que o Amor, ainda que amando
Incondicionalmente, é traído, é desprezado.
Observei, também, que o ódio que desconhece
Limites vive incrustado no espírito de muitos que
Dizem conhecer o amor.
Da janela do meu coração observei que a velha
Cruz, no abandono em que a atiramos, assiste
Angustiada a nossa ingratidão e chora a sua
Solidão.

Através da janela do meu coração vejo o Amor,
Ajoelhado ao pé da velha Cruz abandonada, chorar
As promessas de amor eterno que lhes fizemos.
Da janela do meu coração assisto o esquecimento
Abraçar a velha Cruz, conforme a abandonamos
Em sua solidão.
Da janela do meu coração observei que corações
Felizes e satisfeitos esquecem a gratidão
Aprendem a ingratidão.
Através da janela do meu coração vejo a tristeza
Devorando o coração angustiado da velha Cruz e,
Triste, choro com Ela a sua imensa dor.

                                                    Lido da Silva


*


By the Cross


Through the window of my heart I see, in front of an old Church,
An abandoned cross. By the foot of that cross lots of tears were
Dropped, many promises were made in moments of grief and
Despair and then thrown away in oblivion, place in which
Everything in life is thrown. Through the window of my heart I
Watch the wind beating unmercifully the old Cross, trying to
Convince it to forget the request that were made at its foots, but
Despite all deceptions suffered the old Cross, in its isolation,
Remains faithful to those who trusted in it.

Through the window of my heart I saw and I learned that: despite
Do not abandoning anyone, Faith is constantly abandoned by
Everyone. I learned that Love, even loving unconditionally, is
Betrayed, is despised. I also watched that hate does not know
Limits it lives embedded in the spirit of many that claim to love.
From the window of my heart I saw that the old Cross, in the
Abandonment that we threw it, watches afflicted our
Ungratefulness and cries its loneliness.

Through the window of my heart I see Love sitting next to the
Abandoned Old Cross, crying the promises of eternal love that
We have made to it and then forgot as we were given the graces
That we have asked for. From the window of my heart I
Watched that happy and satisfied hearts forget Love and learn
Ungratefulness. Through the window of my heart I see sadness
Destroying  troubled heart of the old Cross and sad, I cry with
The old abandoned Cross it its enormous pain.

                                                      Translated by Larissa Abreu


                                 *

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sorria - Smile




Sorria menino! Deixa a luz do teu olhar encantar
O mundo, cante! Não fique mudo. Canta! Sopra
A brisa do teu coração sobre os montes e os faça
Florescer. Sorria menino! O mundo precisa 
Renascer.

Mergulhe no riacho, ali lave os teus pés e sorria,
Sorria até que as nuvens venham te ver, venham
Ver o mundo que se calou, sorria menino! Sorria!
Em ti tudo começou. Tudo começou num beijo
Que um dia te beijou, te abraçou e transformou-se
Em carinho e este virou amor.

Sorria! Abra os braços, corra sob a chuva e seja
Menino mais uma vez! Permita a o vento acariciar
O teu corpo! É menino, sorria e corra, sinta o sol  
Bronzeando a tua pele, provocando em ti sorrisos
Que brilham como o sol, sendo meigos como o
Prateado do luar.

                                                                     Mauro Lucio


                         *


Smile


Smile Boy! Let the light from your eyes delight the
World, sing! Do not be dumb. Sing! Blow your
Heart’s breeze over the mountains and make it to
Flourish. Smile Boy! The world must rediscover
Itself.

Go boy! Dive into the creek, wash your feet on it and
Smile, smile until the clouds come to see you, comes
To see the silent world, smile boy! Smile! In thee all
Began. Everything started with a kiss that one day
Kissed you, hugged you and became affection then
Turned in love.

Smile boy! Open your arms, run under the rain and be
A boy once again! Allow the wind caress your body!
You are a boy, smile and run feel the sun tanning your
Skin, causing in you smiles that shine as the sun being
Gentle as the silver moonlight.


                          *

O “daqui a pouco”.

Não sou tolo para acreditar no que o “daqui um pouco” está a me contar. A farsa disfarça e  esconde a verdade sobre a qual ela não quer fala...