quarta-feira, 30 de maio de 2012

Quanto eu queria


Ah!
Como quero o que quero quando vago perdido em meus
Pensamentos.
Quanto sofro ouvindo dos outros os seus lamentos
E lamento.
Lamento o tempo que perco buscando coisas que não
Tem nada a ver comigo.
Lamento o tempo que desperdiço buscando verdades que
Além de não me mostrar a verdade verdadeira,
Com o tempo viram mentiras.

Como eu quis o que quis sem entender que o que eu queria não
Era para mim.
Como eu quis viver a vida que nunca tive sem entender
Que a vida que eu queria não havia sido designada a mim.
Como quis!
Como quis que o vento que sopra no fim da noite,
Soprasse chamando o meu nome, só o meu nome.
Como quis que ele esquecesse o teu nome e que só
Soprasse para mim.

Ah!
Quanto eu quis que quando o sol brilhasse não mostrasse
Os meus pecados. Quanto quis que quando os anjos
Cantassem, não cantassem o que há de perverso em mim.
Quanto sonhei ser banhado pela chuva sem que essa me molhasse e,
Quanto desejei que o frio da despedida nunca ficasse em mim, eu quis.
Quanto eu quis que os meus dias de alegria nunca chegassem
Ao fim.

Ah!
Quanto quero ver o hoje se tornando em ontem, e o amanhã
Chegar para ficar comigo.
Quanto quero não me encontrar vagando sozinho,
Quando vagar perdido em meus pensamentos.
Como gostaria de não sofrer ao ouvir os lamentos dos outros,
E sem desgosto, esboçar o sorriso que emanará a luz que destruirá
A os sofrimentos.
Ah! Como eu queria que a chuva de amor brotasse de mim,
Eu queria, eu quero muito!

                                     *


2 comentários:

  1. A chuva de amor nos molha quando menos percebemos, nos embebedeçe, deixando-nos à deriva de sentimentos sem controle, como se esstivessemos sonhando... Que pena! Quando acordamos ainda recordamos o sonho, e, continuamos sonhando o que não aconteceu e que talvez não venha a acontecer... Que pena! Se não sonharmos não viveremos!!!

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  2. É verdade meu(minha)estimado(a)! A vida nos força a vive-la do jeito que ela é e não da forma que gostariamos de vivê-la. É a vida e seus caprichos. Obrigado pelo comentário.

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O “daqui a pouco”.

Não sou tolo para acreditar no que o “daqui um pouco” está a me contar. A farsa disfarça e  esconde a verdade sobre a qual ela não quer fala...