terça-feira, 3 de julho de 2012

Meu protesto



Protesto! 
Protesto contra o descrédito dos que não
Acreditam na possibilidade de o vento 
Que soprou ontem voltar a soprar no dia 
De hoje.
Protesto contra a crença de que as 
Estrelas cadentes fujam do céu para 
Esconderem-se nas profundezas da terra 
E protesto. 
Protesto contra todos os tipos de crenças 
Que dizem ter a vida um fim.

Protesto! 
Protesto a crença de que a paixão
Desenfreada leva a loucura e protesto contra
O dito que diz ser o amor e o ódio às faces
Opostas da mesma moeda. 
Protesto! Protesto contra as ideias formadas
E ignoro as ideias desamparadas. 
Protesto! 
Protesto a ideia de que não há mentira que 
Sobreviva sob a luz do sol e desdenho os
Pensamentos grandiosos que orquestram o
Mal.

Protesto! 
Protesto contra a mão que bate em meu rosto
E contra o desgosto que causo ao abrigar-me 
Nas verdades. 
Protesto! 
Protesto contra o que, por medo das leis, não 
Me dizes, mas que posso ver expresso em tua
Face quando me olhas. 
Protestos! 
Protesto contra os pensamentos que se 
Pudesses expressar os jogaria em meu rosto. 
Protesto! Protesto contra as formas inúteis de 
Existir e protesto, também, contra as 
Expressões que escondem suas verdadeiras 
Razões.

                                        Mauro Lucio


                                           *



Um comentário:

O “daqui a pouco”.

Não sou tolo para acreditar no que o “daqui um pouco” está a me contar. A farsa disfarça e  esconde a verdade sobre a qual ela não quer fala...