O sorriso, cansados das suas desventuras,
Desvencilha-se das desilusões e
repousa
Em falsa paz.
Descabreado o sorriso pede licença aos
Destroços causados pelas decepções e,
Mudo, cuida das feridas dos pensamentos,
E enquanto os tem em seus braços ouve
Os Seus lamentos e alivia suas dores
Banhando-os Nas lágrimas do
arrependimento.
Deserdado da alegria, o sorriso vai onde
O sol repousa a sua luz para ver-se
Refletido em algo que lhe devolve a
vida.
Abraçado aos sonhos abandonados pelos
Amores angustiados, o sorriso ouve os
Lamentos dos desenganos que nunca
Foram amados e os conforta com
Promessas vazias que ouviu do silêncio
Em sua tristeza muda.
Descrente de tudo que o amor um dia lhe
Disse ser, o sorriso vai onde o
sorriso
Esconde suas frustrações e lá, diante
Deste, sem graça, sorri dos sorrisos
que
Outrora sorriram de si, de suas desilusões.
Entediado com a escuridão das noites
de
Chuva, o sorriso vai onde a lua repousa
e
Pede-a para que volte a brilhar em seu
Sorriso até que este reganhe o seu
prazer
De sorrir.
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