quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O corajoso - The brave



Um susto! 
Uma prece.
Em meio à escuridão a luz acende,
Um sorriso sem graça flagrado
Pelo medo esconde-se da verdade
Que o desnuda, mostra o seu
Medo.
Um grito, um arrepio!
O frio que desce à espinha
Dorsal, seca a boca.
O corajoso bebe a sensação de 
Impotência, é o medo.
O susto sacode o coração e o faz 
Bater descompassado.
O coração bate como um  pêndulo
Solto.
O susto!
A coragem foge,
Abandona o corajoso nos
Braços do medo que o
Humilha. O faz chorar com medo
Do medo da escuridão.
Um grito!
O cravo rompe o que resta de
Vibrante no corpo que
Se pensa valente, mas que 
De repente treme em meio
A escuridão.
O medo o abraça.
Uma vergonha!
O medo lhe nega o medo,
Mostra-se imaginário,
Personagem criado pelo
Medo que há muito habita
O subconsciente dos valentes.
Um susto, um grito
O medo zombando do medo do corajoso
Que treme na escuridão do medo.

        Habacuc - Brasília, dezembro de 2012

                  *



The brave

A fright! A prayer.
A humorless smile that, caught

By fear, hides himself from the
Truth which denuded him,
Showing his weaknesses.
A scream, a shudder!
The cold which runs down the
Dorsal spine, dry the mouth
And drinks the powerlessness
Feeling that shakes the heart
And makes it pounding like a
Released pendulum.
The shock! The courage flees
And abandons the brave in the
Fear´s arms, which humiliates
Him, which makes him cries
Afraid of his darkness.
A scream! The carnation breaks
What remains of the vibrant
Body, believed to valente but,
Suddenly,  trembles when has
To face the darkness of the fear
Which hold him in his arms.
What a shame!
The fear denying to be real, the
Fear showing up as an imaginary,
A character created by the fear
That long dwells in the brave´s
Subconscious, who doesn't
Known himself as a fearful.
A fright! One scream and the
Fear mocking of a bold which
Trembles when faces the fear´s
Darkness.

                   *
 

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