quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Mentiras



Palavras! Tão somente palavras
Quando inocentes, não são meias
Verdades ou mentiras. Omissões!
Estas não fazem chorar, nem batem
Nas feridas já abertas mas também
Não as cura.  Mudo como um
Covarde diante de uma dificuldade,
O silêncio, com pose de sensato,
Evita as verdades para não
Manifestar-se sobre temas que o
Compromete.
A verdade é forte mas evita  
Bravura. Ela cala-se sempre que
Depara-se com a possibilidade de
Ver-se diante de uma situação que
Ruma para a violência. Quando a
Violência lhe parece desnecessária
Ela cala-se e omite-se. Outra vez,
As omissões não fazem chorar e
Nem batem nas feridas abertas
Mas também não as cura.
Palavras! Tão somente palavras
Quando não são mentiras.
Mentiras! Mulher afoita e
Inconsequente. Indecente como
As prostitutas as mentiras
Mostram-se desnudas pelo simples
Prazer de mostrarem-se.
Sem  arrependimentos as mentiras
Se dão, se jogam na vida por muito
Pouco e fazem descasos dos casos
Que o mundo sobre ela vai contar.
Palavras! Tão somente palavras
Quando não são mentiras pregadas
Nas paredes do tempo com o simples
Intuito de magoar.
                                                           Janeiro 16, 2013



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