quarta-feira, 17 de abril de 2013

Causa-me cismas



Causa-me cismas o nada.
Sim! O nada pelado como nasceu.
O nada, simplesmente o nada, ele é tudo
Que mais me incomoda. 
Causa-me cismas o cinismo do nada que
Interfere em tudo em minha vida como
Se fora a sua vida.
O nada, desavergonhado como nasceu,
Influi até nos meus pecados inocentes 
Que, ignorantes, desconhecem a verdade
Das verdades que lhes foram escondidas.
Cismo! Cismo sempre que vejo o nada,
Como um bêbado vadio, sentar-se
Sorrateiramente ao meu lado.
A presença do nada me desconcerta,
Ela rouba-me a paz, me angustia e
Obriga-me a voltar a um tempo que
Pensei haver esquecido.
Causa-me cismas o silêncio resmungão
Do nada. Nada! Nada me angustia mais
Que a busca daquilo que o nada
Transformou em nada com o passar do
Tempo. Imagine eu ser obrigado a aceitar
Uma  grande paixão transformar-se em
Nada como se nada tivesse acontecido!
Que lástima eu ter que concordar que um
Lindo e intenso amor  que em algum tempo
Habitou o meu coração transformou-se
Em nada! Não! Causa-me cismas a
Simplicidade com que o nada trata  a
Minha vida. Causa-me cismas o nada não
Lamentar as lágrimas perdidas. Causa-me
Cismas conviver com o nada como se nada
Ele  fosse. Causa-me cismas a presença do
Nada em meu dia a dia. Causa-cismas.

                                     Abril, 17 de 2013

                                *


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