sexta-feira, 19 de abril de 2013

Minha fé



A minha fé!
Pobre da minha fé, tão confiante de si, fraca
Treme assustada diante da ferocidade das
Adversidades da vida.
Pobre da minha fé que forte diante da Cruz,
Jura fidelidade e constância, mas, de repente,
Vê-se despida de sua fé quando abraçada
Pela escuridão das tentações.
Minha fé! 
Mulher destemida, obstinada, corajosa, 
Criança miúda, chorosa, medrosa em busca 
De colo, de um abraço que a abrace e a 
Proteja dos seus medos, dos medos que
Assustam a sua fé. 
A minha fé! 
Fé que prostra-se diante da Cruz e jura ser 
Fiel, fé que promete nunca abandonar a sua fé 
Mas que em meio às tempestades que a assola
Foge, ela foge como os covardes fogem das
Lutas.
A minha fé! Fé que hora cheia de fé admira a
Beleza da Luz, mas desespera-se ao imagina 
Ter as suas súplicas não ouvidas, é a minha fé.
Pobre da minha fé que crê, mas não acredita 
Ser ouvida e desespera-se ao ter a sua fé 
Posta a prova. 
A minha fé, mulher forte, tão fraca quando a fé 
De qualquer pecador.  
A minha fé! 
Coitado do meu espírito se dependesse da 
Minha fé para alcançar o reino de Deus. 
Deus misericordioso que nunca me abandona 
Ao amparo da minha fé. 
Uma fé que não me desampara, mas que porem,
Fraca, titubeante não me ampara nas 
Tempestades que habitam o caminho entre a 
Matéria e o espiritual, entre o espirito e a vida 
Eterna tão almejada por este.
A minha fé! 
Pobre da minha fé forte, mas tão fraca diante 
Das agruras da vida. 
A minha fé,minha fé.
                                                                             Abril 18, 2013.

                                *


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