sexta-feira, 14 de junho de 2013

A lágrima chora



A porta bate!
O susto assusta-se e grita 
Assustado.
No peito um coração agitado
Acorda o medo e este, com 
Medo, esconde-se.
O vento resmunga na janela e
Faz o  corpo tremer enquanto as
Dúvidas despertam as dúvidas e 
Estas esperam uma resposta
Que, cismada, não vem.

Triste, a lágrima chora!
Timidamente escorre pelo rosto.  
O desgosto, a tristeza,
A vontade de despir-se de si a
Empurra e ela segue silenciosa
Sem importar-se com a dor.
As pálpebras contraem-se e 
Derramam  outro pingo, mais 
Uma  gota, uma lágrima que cai
E encontra aconchego nas  
Entranhas do chão.

A porta bate!
O susto, assusta-se e grita.
No peito um coração
Tomado pelo medo, desperta o
Medo e este,  com medo,  diz
Não querer mais amar.
Triste o amor derrama uma
Lágrima, chora e seu pranto,
Timidamente, escorre pelo rosto.
O desgosto, a tristeza e a
Vontade de despir-se de si  
Empurram a lágrima que segue
Sem importar-se com a dor e se
Dá ao afago do chão.

                                          Junho 14, 2013

                        *


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