quinta-feira, 17 de julho de 2014

À noite




Quando a luz do dia se apaga,
Vago por entre as estrelas contando
Os teus sorrisos. 
Em devaneios revivo os momentos
Que sorrimos jutos, encontro os teus
Beijos que me beijaram, e sinto os 
Teus lábios deitarem-se em meu 
Corpo outra vez.

Quando a luz do dia se apaga
Sou abraçado pela luz das estrelas
E em seus braços me dou conta do
Quão maravilhoso foi viver os teus
Beijos, as tuas caricies e os teus
Sonhos. Te vivi.

Quando a luz do dia se apaga,
Embreagado pelos mistérios da noite,
Bailo a valsa dos do apaixonados.
Enlaçado por teu perfume sou 
Induzido a crer estar a passear e
Passeio até encontrar o orvalho
Da madrugada que me devolve à 
Realidade, estou só.

Quando a luz do dia se apaga,
Em meio ao vai e vem das estrelas,
Descubro a beleza de tudo que vivi
Ao teu lado. Dou-me conta de que
Foram momentos maravilhosos e me
Descubro feliz. Me descubro
desejando te viver novamente.

Quando a luz do dia se apaga
A nostalgia toma-me em seus braços
Um rodopia para lá,  outro para cá e
Compreendo que a paixão não me 
Consulta se quero viver os teus sonhos,
Dou-me conta de que ela acontece,
Simplesmente acontece quando me
Tira para dançar.

Quando a luz do dia se apaga,
Observando as estralas no céu, num
Turbilhão de nostalgia sinto-as 
Abandonadas na imensidão do amor
Que ainda guardo por ti.
Quando a luz do dia se apaga.
Infinitus pensamentos me perguntam 
por ti.

                                  Chui, julho 17, 2014.


                       &

sábado, 12 de julho de 2014

Dói saudade


Dói!
Dói saudade!
Derrame o teu desespero em meu coração e o faça doer,
Dói saudade!
A minha amada esta distante e não tem pressa de vir me encontrar,
Então dói saudade!
Dói me faça chorar.

Dói!
Dói saudade!
Dê um nó em minha garganta e a sufoque. Obriga-me a beber o teu fel,
Quero embriagar-me para suportar a dor do abraço da solidão.
Não tenha misericórdia de mim saudades! Pois a mulher que amo 
Não ouve o meu chamar, então dói.
Dói saudade!

Dói!
Dói saudade!
Dói e urra o meu nome no meio da madrugada,
Me acorde! Não me deixe dormir, dói saudade,
A minha amada está distante e não tem se importa com o meu penar.
Então, dói saudade!
Dói bastante,
Faça-me chorar.

Dói!
Dói saudade.
Despe o meu corpo e o ame com seu corpo frio.
Brinque com a minha dor e dói, dói saudade.
Dói saudade! A minha amada esta distante e
Diz que tão cedo para mim não irá voltar.
Dói!
Dói saudade.

Dói!
Dói saudade!
Dói, mas fique comigo! Por favor, não me deixa na solidão onde
Estou. Dói!  Dói saudade. 
Dói, mas fique comigo. Não te importe com o meu sofrimento,
Alimente-o com teu fel mas não me entregue ao esquecimento
Em que fui deixado pelo meu amor.
                                                                                      Chuí, Julho 12, 2014.

                                                    &

sexta-feira, 11 de julho de 2014

A rosa e o cravo


A rosa, encanto em flor que e
m
Desventura pelo cravo se apaixonou.
O cravo formoso, vaidoso, fogoso,
Não ama a rosa e nem nunca a 
Amou.

A rosa tem o cravo por amante, mas
O cravo a tem apenas por amiga.
 Uma amiga que muitas madrugadas 
Em seus braços dormiu. 
Uma amiga com a qual apenas se 
Divertiu.

Formoso, o cravo vive os amores 
Que outras flores lhes dão, enquanto 
A rosa, pelo cravo abandonada, se 
Ilude vivendo amores que nunca 
Chegarão ao seu coração.

O cravo, amor único e eterno da rosa,
Não lhe dá atenção. Ele brinca com
Seus sentimentos, diverte-se com sua
Paixão.
A rosa quer viver, mas longe do 
Cravo ela só consegue morrer.

O cravo ama as flores que se atiram
Em seus braços seduzidas por seus 
Encantos. Enquanto a rosa vive 
Amores que não ama e se engana 
Dizendo ter o cravo apenas como
Seu melhor amigo.

O amor dos sonhos da rosa é o cravo 
Que ela jura ter apenas como amigo e 
Sofre. Ela sofre calada, vendo-o amar 
As flores que se atiram em seus 
Braços seduzidas por seus encantos.

A rosa vive para amar o cravo, e o 
Ama às escondidas acreditando não 
Ser percebida.
Ela sofre com a sua paixão não 
Correspondida pelo cravo que sebe,
Nunca a amará.

A rosa brigou com o cravo porque ele 
Quer apenas o seu corpo, enquanto 
Ela quer o seu coração. 
A rosa brigou com o cravo porque ela o 
Ama e quer ser feliz ao seu lado, mas 
Ele a quer apenas em sua cama.

A rosa ama, chamando o seu amado de
Amigo sabendo ser ele a sua grande
Paixão.
A rosa brigou com o cravo e abandonou 
O seu jardim, jardim onde viveu sonhos 
Que acreditava não terem fim.

                                                       Chuí, Julho 10, 2014

                          & 

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Tenho medo



Tenho medo!
Tenho medo mas não deixo o medo me parar.
Tenho medo!
Tenho medo mas, mesmo com medo, caminho o medo
Sem permitir o medo me devorar. 
Sim, tenho medo!
Tenho medo mas o medo nunca conseguiu de fato me 
Amedrontar.
Tenho medo.

Tenho medo! 
Tenho muito medo do medo.
Tenho medo!
Tenho medo dos sorrisos fáceis e comprometedores.
Tenho medo dos olhares dóceis que me olham de 
Soslaio.
Tenho medo do medo, do medo que surge do nada.
Tenho medo.

Tenho medo! 
Tenho medo do que me foi dito e esquecido.
Tenho medo!
Tenho medo do medo que se esconde de mim
Tenho medo!
Tenho medo mas o medo nunca conseguiu me aprisionar.
Tenho medo!
Tenho medo, mas o medo nunca conseguiu me 
Amedrontar.
Tenho medo!

Tenho medo! 
Tenho medo dos pensamentos toscos.
Tenho medo das falsas verdades,
Tenho medo das mentiras que acusam,
Tenho medo das tempestades que advêm do nada,
Tenho medo.

Tenho medo!
Tenho medo das verdades que se escondem na hora da 
Verdade.
Tenho medo!
Tenho medo das verdades não ditas claramente,
Tenho medo!
Tenho medo das verdades que sentenciam sem ouvir,
Tenho medo!
Tenho medo das  meias verdades,
Tenho medo!
Tenho medo das verdades que não perdoam.

Tenho medo!
Tenho medo,  tenho medo, tenho medo.
Tenho medo do medo que rouba o meu sono,
Tenho medo do medo que assusta os meus sonhos,
Tenho medo do medo que me coage,
Tenho medo, tenho medo.

                                                       Chuí, Julho 07, 2014

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O “daqui a pouco”.

Não sou tolo para acreditar no que o “daqui um pouco” está a me contar. A farsa disfarça e  esconde a verdade sobre a qual ela não quer fala...