sexta-feira, 11 de julho de 2014

A rosa e o cravo


A rosa, encanto em flor que e
m
Desventura pelo cravo se apaixonou.
O cravo formoso, vaidoso, fogoso,
Não ama a rosa e nem nunca a 
Amou.

A rosa tem o cravo por amante, mas
O cravo a tem apenas por amiga.
 Uma amiga que muitas madrugadas 
Em seus braços dormiu. 
Uma amiga com a qual apenas se 
Divertiu.

Formoso, o cravo vive os amores 
Que outras flores lhes dão, enquanto 
A rosa, pelo cravo abandonada, se 
Ilude vivendo amores que nunca 
Chegarão ao seu coração.

O cravo, amor único e eterno da rosa,
Não lhe dá atenção. Ele brinca com
Seus sentimentos, diverte-se com sua
Paixão.
A rosa quer viver, mas longe do 
Cravo ela só consegue morrer.

O cravo ama as flores que se atiram
Em seus braços seduzidas por seus 
Encantos. Enquanto a rosa vive 
Amores que não ama e se engana 
Dizendo ter o cravo apenas como
Seu melhor amigo.

O amor dos sonhos da rosa é o cravo 
Que ela jura ter apenas como amigo e 
Sofre. Ela sofre calada, vendo-o amar 
As flores que se atiram em seus 
Braços seduzidas por seus encantos.

A rosa vive para amar o cravo, e o 
Ama às escondidas acreditando não 
Ser percebida.
Ela sofre com a sua paixão não 
Correspondida pelo cravo que sebe,
Nunca a amará.

A rosa brigou com o cravo porque ele 
Quer apenas o seu corpo, enquanto 
Ela quer o seu coração. 
A rosa brigou com o cravo porque ela o 
Ama e quer ser feliz ao seu lado, mas 
Ele a quer apenas em sua cama.

A rosa ama, chamando o seu amado de
Amigo sabendo ser ele a sua grande
Paixão.
A rosa brigou com o cravo e abandonou 
O seu jardim, jardim onde viveu sonhos 
Que acreditava não terem fim.

                                                       Chuí, Julho 10, 2014

                          & 

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