sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Perdeu-se


Perdeu-se! 
Misturado ao tempo que o bebeu, 
Perdeu-se.
Deu-se, aconteceu com o dia, com a 
Noite e com a madrugada, aconteceu. 
Perdeu-se como as histórias se 
Perdem ao vento.

Acreditou ser muito e descobriu-se
Sendo quase nada.
Tão nada que não foi considerado, 
Ficou relegado a um grito e calou.
Era um pouco tão pouco, que 
Como amor não sobreviveu, deixou 
Tudo, morreu.

Tomado pelas lágrimas choradas
Na madrugada, perdeu-se.
Perdeu-se em uma estória que o
Tempo, prematuramente, apagou,
Desmentiu, não permitiu que fosse
Nem um conto.

Perdeu-se!
Perdeu-se como tudo que se permite 
Iludir. 
Perdeu-se como quem sai sem saber 
Aonde ir, como um sorriso que não se
Permite sorrir, perdeu-se.
Perdeu-se.

                                 Chuí, outubro 31, 2014.

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O “daqui a pouco”.

Não sou tolo para acreditar no que o “daqui um pouco” está a me contar. A farsa disfarça e  esconde a verdade sobre a qual ela não quer fala...