sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A flor na relva





O vento, melancólico, assovia a sua canção
Do amanhecer e toma em seus braços a flor
Do campo tira-a para dançar e com ela 
Dança. 
Dança, toma o seu corpo frágil e, sem 
Cuidado, joga-a de um lado para o outro,
Rodopia, torce-a e contorce fazendo-a 
Vergar-se ao chão.
Delgada como os devaneios perdidos, bela
Como o beijar da paixão, a flor exala o seu
Suave perfume e deixa-se contorcer, 
Sobrevive e vive. 
Ela sobrevive a valsa e o destempero do
Vento.

O vento vai e volta correndo! 
Toma, mais uma vez a flor em seus braços
E dança, dança assobiando sempre a 
Mesma canção. 
O vento sopra e entre rodopios, 
Contorce-se e torce o corpo frágil da flor 
Que verga, vai até o chão e entre a relva é 
Amada pelo vento que ama-a enquanto 
Sussurra ao seu ouvido a sua melancólica 
Canção.

Tudo, tudo é dança é flor é canção é o vento
Indo e voltando, é a vida é paixão. 
O vento toma a flor em seus braços e a torce,
Ela contorce e dança, 
A flor dança, torce e contorce-se ao bailar do
Vento que assovia a sua melancólica canção  e
Dança.
Linda, linda, como as noivas, linda como as 
Paixões, a flor dança, torce e contorce-se, 
Rodopia ao ritmo do vento obedecendo as 
Batidas do seu coração.

                                                              Mauro Lucio


&

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O “daqui a pouco”.

Não sou tolo para acreditar no que o “daqui um pouco” está a me contar. A farsa disfarça e  esconde a verdade sobre a qual ela não quer fala...