segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Negro - Black



Negro, filho da dor,
Parido sem gritos,
O descanso nunca o ninou,
O mel não adoçou a sua boca,
Mas o fel o amamentou.  

O teu olhar o acusa,
A tua arrogância o açoita,
A tua desconfiança o agride.
Negro, vítima do teu ódio,
Detento da tua repreensão.

O teu racismo o acusa,
A tua polícia o policia,
Não importa se de noite ou de dia,
Negro para ti é suspeito,
As tuas atitudes o denuncia.

Negro altivo,
Tripudia o teu menosprezo,
Zomba da tua fidalguia,
Desdenha da tua soberba,
Tira-te para dançar.

Negro valente,
De vencido a vencedor,
Vence o tempo,
Para vencer a dor,
Vencer o seu opressor.


&


Black


Black, the pain´s son,
Given birth without screaming,
The rest never cares him,
The honey didn’t softened his mouth,
However, the gall nursed him.

Your gaze accuses him,
Your arrogance hurt his soul,
Your distrust spanks his body.
Black, victim of your hate,
Prisoner of your repulse.

Your racism accuses him,
Your police, police him,
Whether night or day,
At your yeas, black is suspect,
Your attitudes accuses him.

Haughty black,
Despise your contempt,
Laugh of your nobility,
Disdain of thy pride,
Takes you to dance his dance.

Brave black,
From loser to a winner,
Defeat the time,
To overcome his pain and
Beat his oppressor.


&



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fardo

  Envelheci. O que me foi dado a viver, vivi.  Os meus olhos, agora cansados, vêm, ainda que sem muita nitidez, a hora da minha despedida. V...