terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Ferir - Hurt



Não calo vozes,
Nâo abro feridas,
Não firo.

Minto.
Minto quando digo verdades,
Mentiras que beberei.

Bebo a sede,
Como a fome e,
Curo venenos.

Nunca quis querer,
Nego os sentimentos,
Vivo sem viver.

Atropelo o tempo,
Viajo no vento,
Vejo as faces.

Sorrisos e lágrimas,
Prantos morrem mudos,
Não revelam dores.

A paixão esquece,
A desilusão ilude.
Não!!!!! Estupidez.

Não calo vozes,
Nem as que me chamam
No meio da noite. Não calo.

Não me assustam os sustos
Escondidos atrás das portas.
Nego! Não me assusto.

Rejeito as mentiras que digo,
Refugo até as que calo.
As minhas verdades.

      Lido da Silva, setembro de 2015


            %

Hurt


I do not silence voices,
I do not open wounds,
I don't hurt.

I lie.
I lie when I tell the truth,
Lies that I will drink.

I drink the thirst,
I eat the hunger, and
I heal poisons.

I never wanted to want,
I deny the all the feelings,
I live without to live.

I run over the time,
I travel in the wind,
I see faces.

Smiles and tears,
Tears die mute,
They show no pain.

The passion forgets,
The disillusionment eludes.
No!!!!! Stupidity.

I do not silence voices,
Not even the ones who call me
In the middle of the night. I don´t silence.

I'm not afraid of the scares
Hidden behind doors.
I deny! I don´t get scared.

I reject the lies the I tell,
I refuse even the ones that I shut up.
My truths.

                         %

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O “daqui a pouco”.

Não sou tolo para acreditar no que o “daqui um pouco” está a me contar. A farsa disfarça e  esconde a verdade sobre a qual ela não quer fala...